Onda de furtos de abacates preocupa os produtores rurais de Aguaí, SP
Agricultor afirma que já foi vítima de criminosos sete vezes em uma semana.
Polícia alega que realiza patrulhamentos e nega ocorrências recorrentes.
Uma onda de furtos de abacates está preocupando os produtores rurais de Aguaí (SP). Propriedades que cultivam o fruto já foram invadidas várias vezes neste ano, sendo a última na quinta (3), quando foram levados 300 quilos de um sítio. O material foi recuperado pela Guarda Municipal.
Com a caixa de 22 quilos valendo R$ 70, quase quatro vezes mais do que no ano passado, o abacate virou objeto de desejo dos criminosos. Na cidade, são 40 mil abacateiros espalhados em 400 hectares.
A propriedade de Sebastião de Oliveira Seregatti tem 18 hectares e já foi invadida sete vezes em apenas uma semana. Na quinta,uma dupla levou 300 quilos em uma picape e o dono percebeu a ação.
“Todo dia eu chegava e tinha sinal de que eles vinham, amassavam o capim, arrastavam a caixa por baixo da cerca. Ontem eu vi de madrugada e consegui abordar os caras já carregados com o abacate. Eu bloqueei a estrada e eles tiveram de voltar porque não teve jeito de passar e atolaram o carro a uns seis quilômetros daqui porque tinha
chovido".
chovido".
Em uma semana, o produtor já acumula um prejuízo
de R$ 12 mil com os furtos. Sem dinheiro para pagar um segurança particular, ele está colocando mais cercas no local. "É o lucro da gente que vai indo embora. Eu espero que a Polícia Civil faça alguma coisa. A Militar e a Guarda estão fazendo, mas a Civil não está fazendo nada", disse.
de R$ 12 mil com os furtos. Sem dinheiro para pagar um segurança particular, ele está colocando mais cercas no local. "É o lucro da gente que vai indo embora. Eu espero que a Polícia Civil faça alguma coisa. A Militar e a Guarda estão fazendo, mas a Civil não está fazendo nada", disse.
O produtor Ricardo Gnann também já foi vitima. Há três meses, foram levadas todas as frutas de uma área, gerando prejuízo de R$ 2,5 mil. "Eu estou inseguro porque, no caso, a gente paga segurança para o estado, para a União, para o município, mas a gente não tem isso, a gente está largado. O custo é muito alto da agricultura e a gente está abandonado", desabafou.
Ele também não tem dinheiro para reforçar a segurança, mas diz que tem se reunido com outros agricultores para tentar uma parceria. "Infelizmente, o município está deixando a desejar porque a Guarda Municipal precisa de veículos bons, combustível para estar andando, fiscalizando, e nós, agricultores, tentamos numa reunião na Câmara de Vereadores uma parceria entre agricultores, fornecer o veículo e o combustível para ter uma melhor segurança no município, mas ninguém se manifesta no poder público".
Segurança
A Polícia Militar informou que faz patrulhamentos na zona rural. Na Polícia Civil, o delegado responsável estava em reunião e não falou com a equipe. Tanto a PM como a Polícia Civil informaram que o furto de abacates na quinta foi o primeiro registro.
A Polícia Militar informou que faz patrulhamentos na zona rural. Na Polícia Civil, o delegado responsável estava em reunião e não falou com a equipe. Tanto a PM como a Polícia Civil informaram que o furto de abacates na quinta foi o primeiro registro.
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