segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Onda de furtos de abacates preocupa os produtores rurais de Aguaí, SP

06/12/2015 11h17 - Atualizado em 06/12/2015 11h17

Onda de furtos de abacates preocupa os produtores rurais de Aguaí, SP

Agricultor afirma que já foi vítima de criminosos sete vezes em uma semana.
Polícia alega que realiza patrulhamentos e nega ocorrências recorrentes.

Do G1 São Carlos e Araraquara
Uma onda de furtos de abacates está preocupando os produtores rurais de Aguaí (SP). Propriedades que cultivam o fruto já foram invadidas várias vezes neste ano, sendo a última na quinta (3), quando foram levados 300 quilos de um sítio. O material foi recuperado pela Guarda Municipal.
Com a caixa de 22 quilos valendo R$ 70, quase quatro vezes mais do que no ano passado, o abacate virou objeto de desejo dos criminosos. Na cidade, são 40 mil abacateiros espalhados em 400 hectares.
Guarda Municipal de Aguaí recupera abacates furtados de sítio (Foto: Guarda Municipal de Aguaí)Guarda Municipal de Aguaí recuperou abacates
furtados de sítio (Foto: Guarda Municipal de Aguaí)
A propriedade de Sebastião de Oliveira Seregatti tem 18 hectares e já foi invadida sete vezes em apenas uma semana. Na quinta,uma dupla levou 300 quilos em uma picape e o dono percebeu a ação.
“Todo dia eu chegava e tinha sinal de que eles vinham, amassavam o capim, arrastavam a caixa por baixo da cerca. Ontem eu vi de madrugada e consegui abordar os caras já carregados com o abacate. Eu bloqueei a estrada e eles tiveram de voltar porque não teve jeito de passar e atolaram o carro a uns seis quilômetros daqui porque tinha
chovido".
Em uma semana, o produtor já acumula um prejuízo
de R$ 12 mil com os furtos. Sem dinheiro para pagar um segurança particular, ele está colocando mais cercas no local. "É o lucro da gente que vai indo embora. Eu espero que a Polícia Civil faça alguma coisa. A Militar e a Guarda estão fazendo, mas a Civil não está fazendo nada", disse.
O produtor Ricardo Gnann também já foi vitima. Há três meses, foram levadas todas as frutas de uma área, gerando prejuízo de R$ 2,5 mil. "Eu estou inseguro porque, no caso, a gente paga segurança para o estado, para a União, para o município, mas a gente não tem isso, a gente está largado. O custo é muito alto da agricultura e a gente está abandonado", desabafou.
(...) a gente paga segurança
para o estado, para a União,
para o município, mas
a gente não tem isso, a
gente está largado"
Ricardo Gnann, produtor rural
Ele também não tem dinheiro para reforçar a segurança, mas diz que tem se reunido com outros agricultores para tentar uma parceria. "Infelizmente, o município está deixando a desejar porque a Guarda Municipal precisa de veículos bons, combustível para estar andando, fiscalizando, e nós, agricultores, tentamos numa reunião na Câmara de Vereadores uma parceria entre agricultores, fornecer o veículo e o combustível para ter uma melhor segurança no município, mas ninguém se manifesta no poder público".
Segurança
A Polícia Militar informou que faz patrulhamentos na zona rural. Na Polícia Civil, o delegado responsável estava em reunião e não falou com a equipe. Tanto a PM como a Polícia Civil informaram que o furto de abacates na quinta foi o primeiro registro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário