Contra leilão, famílias acampam em frente casas populares em Aguaí, SP
Moradores de Aguaí querem negociar compra dos imóveis com a Prefeitura.
Administração municipal diz que precisa do dinheiro para concluir hospital.
Dezenas de pessoas estão acampadas desde terça-feira (1º) perto de casas populares inacabadas no Parque Miguelito, em Aguaí (SP). As 58 famílias são contra o leilão dos imóveis, marcado para domingo, e querem negociar com a Prefeitura. O município, por sua vez, diz que decidiu vender as residências
para ter verba para concluir o hospital da cidade e estuda criar um projeto para esses moradores.
A cuidadora de idosos Gislaine Cristina Ferrari é uma das integrantes da manifestação. Ela chegou ao acampamento durante a tarde e passou a noite sentada ao relento. “Eu pago aluguel e somos eu, meus três filhos e meu marido”, contou. “Estamos firmes”.
Aparecida Ferreira também está acampada pelo sonho da casa própria. “Nem que a gente tenha que trazer um colchão, coberta para dormir com as crianças, a gente vai [permanecer]”, disse a dona de casa.
O movimento se formou depois do anúncio do leilão. A venda das casas foi aprovada pela Câmara Municipal por sete votos a favor e seis contra, depois de anos de impasse. Por causa de irregularidades, a obra foi embargada meses depois de ser iniciada. Em julho de 2014, as casas foram invadidas por famílias carentes. Dois meses depois, houve a reintegração de posse e os moradores desocuparam os imóveis. Agora, querem comprar por um preço que caiba no bolso.
“Eles estão querendo impedir o leilão e jogar uma contraproposta para a Prefeitura”, explicou a vendedora Gisleine Aparecida Berguer. Um jornal da cidade publicou que o preço das casas varia entre R$ 42 mil e R$ 56 mil e que os valores devem ser pagos pelos compradores em no máximo três parcelas. As famílias, porém, querem poder pagar pelas casas em um número maior de parcelas e dividir os valores entre o preço dos imóveis e o material de construção necessário para finalizá-las.
“Nós estamos precisando, como eles precisam de nós na hora de estar lá em cima”, disse o pedreiro Luís Roberto Honório Ferreira. “Nós estamos sonhando para eles realizarem um sonho que todo mundo tem”.
Prefeitura
Em nota, a Prefeitura de Aguaí disse que decidiu vender as casas para conseguir dinheiro para terminar o hospital municipal. A administração explicou que o valor foi determinado depois de avaliações feitas por duas imobiliárias e que varia de R$ 45 mil a R$ 70 mil, dependendo do estágio da construção. Também disse que estuda a criação de um projeto para ate
Em nota, a Prefeitura de Aguaí disse que decidiu vender as casas para conseguir dinheiro para terminar o hospital municipal. A administração explicou que o valor foi determinado depois de avaliações feitas por duas imobiliárias e que varia de R$ 45 mil a R$ 70 mil, dependendo do estágio da construção. Também disse que estuda a criação de um projeto para ate
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