quarta-feira, 16 de março de 2016

Eles continua la a 16 dias, na luta Contra leilão, famílias acampam em frente casas populares em Aguaí, SP

Contra leilão, famílias acampam em frente casas populares em Aguaí, SP

Moradores de Aguaí querem negociar compra dos imóveis com a Prefeitura.
Administração municipal diz que precisa do dinheiro para concluir hospital.

Do G1 São Carlos e Araraquara
Dezenas de pessoas estão acampadas desde terça-feira (1º) perto de casas populares inacabadas no Parque Miguelito, em Aguaí (SP). As 58 famílias são contra o leilão dos imóveis, marcado para domingo, e querem negociar com a Prefeitura. O município, por sua vez, diz que decidiu vender as residências
para ter verba para concluir o hospital da cidade e estuda criar um projeto para esses moradores.
Famílias estão acampadas em frente a casas populares de Aguaí (Foto: Éder Ribeiro/EPTV)Famílias estão acampadas em frente a casas
populares de Aguaí (Foto: Éder Ribeiro/EPTV)
A cuidadora de idosos Gislaine Cristina Ferrari é uma das integrantes da manifestação. Ela chegou ao acampamento durante a tarde e passou a noite sentada ao relento. “Eu pago aluguel e somos eu, meus três filhos e meu marido”, contou. “Estamos firmes”.
Aparecida Ferreira também está acampada pelo sonho da casa própria. “Nem que a gente tenha que trazer um colchão, coberta para dormir com as crianças, a gente vai [permanecer]”, disse a dona de casa.
O movimento se formou depois do anúncio do leilão. A venda das casas foi aprovada pela Câmara Municipal por sete votos a favor e seis contra, depois de anos de impasse.  Por causa de irregularidades, a obra foi embargada meses depois de ser iniciada. Em julho de 2014, as casas foram invadidas por famílias carentes. Dois meses depois, houve a reintegração de posse e os moradores desocuparam os imóveis. Agora, querem comprar por um preço que caiba no bolso.
Nem que a gente tenha
que trazer um colchão,
coberta para dormir com
as crianças, a gente vai [permanecer]"
Aparecida Ferreira, dona de casa
“Eles estão querendo impedir o leilão e jogar uma contraproposta para a Prefeitura”, explicou a vendedora Gisleine Aparecida Berguer. Um jornal da cidade publicou que o preço das casas varia entre R$ 42 mil e R$ 56 mil e que os valores devem ser pagos pelos compradores em no máximo três parcelas. As famílias, porém, querem poder pagar pelas casas em um número maior de parcelas e dividir os valores entre o preço dos imóveis e o material de construção necessário para finalizá-las.
“Nós estamos precisando, como eles precisam de nós na hora de estar lá em cima”, disse o pedreiro Luís Roberto Honório Ferreira. “Nós estamos sonhando para eles realizarem um sonho que todo mundo tem”.
Prefeitura
Em nota, a Prefeitura de Aguaí disse que decidiu vender as casas para conseguir dinheiro para terminar o hospital municipal. A administração explicou que o valor foi determinado depois de avaliações feitas por duas imobiliárias e que varia de R$ 45 mil a R$ 70 mil, dependendo do estágio da construção. Também disse que estuda a criação de um projeto para ate

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